À conversa com o Hugo em tempos de teletrabalho

O Hugo é um dos nossos programadores da área de Engenharia de Software, está connosco há 10 anos e decidiu partilhar um pouco o seu percurso até chegar à Contisystems e os desafios do teletrabalho enquanto pai recente.

Olá Hugo, bem-vindo e muito obrigada por teres aceite o desafio de falares um pouco sobre ti.

Queres começar por nos contar de onde vens?

Nasci em Arouca onde morei com os meus pais e com o meu irmão até sair de casa. Fiz o meu percurso escolar em Arouca até ir para o CET (Curso de Especialização Tecnológica) em Oliveira de Azeméis  na Escola Superior Aveiro Norte (ESAN – UA) onde fiz o curso de Desenvolvimento de Software e Administração de Sistemas.

O que te levou a escolher essa área?

-Era, e é, uma área em expansão. Assisti ao crescimento da Internet e sempre tive curiosidade na área. Depois do CET frequentei a licenciatura em Tecnologias de Informação na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA – UA), como trabalhador-estudante, onde tive algumas equivalências e fiz algumas cadeiras.

Onde é que estavas a trabalhar nessa altura?

Na empresa in2b onde fui estagiar por 6 meses. Foi onde conheci o Hugo Santos e a Carla, trabalhámos sempre juntos desde essa altura. Entretanto essa empresa foi comprada pela Netual, uma empresa que já estava num processo de integração com a GFI Portugal e onde me cruzei com Ricardo Costa.

O que faziam nessa empresa?

-Desenvolvemos vários sistemas desde alarmística em hotéis, quiosques multimédia, corporate TV, gestão de docentes, software para gestão de termas….muito variado.

Então e como foram para à Contisystems?

-Na verdade saímos vários elementos da GFI para a Contisystems em 2010 desafiados pelo Duarte para trabalhar num novo projeto. Nesse grupo estava, está claro, o Hugo Santos e a Carla.

Na Contisystems desempenhaste sempre as mesmas funções?

-Sim, na Contisystems sempre fiz parte da equipa de desenvolvimento, embora tenha trabalhado em várias áreas e em várias linguagens de programação. As áreas foram desde plataformas para de gestão de conteúdos de sites, sistemas de localização de crianças, controlo de acessos de festivais, desenvolvimento de sistemas de apoio à fábrica e aos comerciais… muita coisa!

Mais uma vez muita variedade mesmo… onde entra aí o nosso atual sistema de Gestão de Comunicação de Clientes?

-Começou em 2015 quando foi identificada junto de um dos nossos clientes essa necessidade, desde então tem crescido bastante.

E como é trabalhar numa equipa pequena em Aveiro quando o resto da empresa toda está em Lisboa?

-É fácil e funciona muito bem. Houve sempre colaboração parte a parte nunca senti nenhuma dificuldade. É claro que é importante existirem visitas regulares e estar com as pessoas, mas estamos sempre muito unidos, a distância geográfica não dificulta a concretização do trabalho nem a relação. Na verdade até há vantagens porque somos poucos e conseguimos estar muito mais concentrados e focados sem ninguém nos interromper na sala com outros assunto. É muito diferente ser interrompido por um email ou chat ou por uma pessoa presencialmente. Mas neste momento nem não há esta diferença Lisboa/Aveiro, agora estamos todos iguais!

Pois agora, a realidade é diferente, como tem sido para ti estar a trabalhar a partir de casa?

-Tem sido um desafio. A minha mulher é enfermeira, por isso não tem a hipótese de teletrabalho, e temos o Diogo que ainda requer muita atenção pois nem 2 anos tem.

Trabalhar e tomar conta do Diogo deve ser dose…

-É. Devido ao risco a que a minha mulher está exposta tentamos evitar o contacto do Diogo com os avós e tenho tentado trabalhar por turnos como a minha mulher de forma a tratar do Diogo à vez.  É complicado porque é raríssimo termos momentos a 3, e isso faz muita falta. Entretanto já vai ficando alguns dias com os avós mas espero que as creches abram em breve e isso possa mudar, e ele já tem muitas saudades da escola.

E ainda te resta tempo para algum hobby?

Agora é impensável. Gostava muito de conseguir seguir com rotinas de exercício físico mas não estou a conseguir. Em 2013 perdi 30 kg em 8 meses graças a uma maior disciplina de exercício e nutrição, entretanto alguns desses 30kg já voltaram… mas gostava muito de voltar a essa disciplina. Tirando isso sou voluntário no TEDx Aveiro desde a primeira edição (2010), onde sou responsável pela gestão da venda de bilhetes e também ajudando, no dia do evento, com o controlo de acessos.

Se pedissemos a quem te é próximo para te descrever em uma expressão, o que achas que diriam?

Acho que seria o facto de ser um pai cuidadoso e próximo. Eu não ajudo, eu faço parte, acho que são coisas bem diferentes.

São mesmo Hugo! Muito obrigada pelo teu tempo, foi ótimo conhecer-te melhor!