As mulheres da Contisystems
Hoje é o dia Internacional da Mulher, o dia em que celebramos a igualdade de género. Para nos falar um pouco sobre este tema, conversámos com a Rita, a nossa Diretora de Recursos Humanos.
Olá Rita, obrigada por este tempinho que encontraste para falar connosco sobre as mulheres na Contisystems.
É sempre um prazer podermos parar e falar um pouco sobre temas que nos são particularmente queridos.
Quantas mulheres trabalham atualmente na Contisystems?
Atualmente somos 56 mulheres a trabalhar na Contisystems, o que corresponde a cerca de 42% do total de trabalhadores.
Essa proporção é histórica ou a % de mulheres tem sofrido alterações?
A % de mulheres na Contisystems cresceu de forma geral, em cerca de 8% nos últimos 5 anos, e se olharmos para a % de mulheres em cargos de gestão, vemos que tem vindo a sofrer uma alteração significativa ao longo do tempo. Atualmente temos uma mulher a coordenar uma das nossas áreas de produção e temos 3 mulheres na equipa de gestão. Olhando para a Contisystems há 10 anos atrás notamos efetivamente uma mudança significativa neste âmbito.
A maior parte das mulheres está na parte administrativa ou produtiva?
A distribuição está muito equitativa, não há grande diferença, temos um racional de 55% na Produção e 45% na área administrativa e de suporte.
Existe alguma área em que vês claramente que existem menos mulheres? Consegues explicar porque será?
De forma geral temos uma distribuição uniforme de ambos os géneros nas várias áreas, mas temos de facto algumas áreas onde o sexo feminino está sub-representado.
Um exemplo é a área de manutenção, porque é raro encontrarmos mulheres formadas nesta área. Outro caso é a área de impressão e envelopagem nas divisões de Impressão e Gestão de Comunicação com Clientes, onde as funções implicam a realização de algum esforço físico, normalmente mais facilmente assegurado pelos homens. Também a área de IT e Software tem o sexo feminino sub-representado, mas começamos a ver, gradualmente, um maior número de mulheres formadas nestas áreas.
Mas em compensação, temos também áreas como o Compliance, os Recursos Humanos e o Marketing, em que as equipas são totalmente constituídas por elementos do sexo feminino. Existem ainda outras áreas onde temos muito maior incidência do sexo feminino nas equipas, porque historicamente tendem a ser mais delicadas e minuciosas, aspetos que são críticos para o sucesso da execução das tarefas, como por exemplo o SVA (Serviços de Valor Acrescentado) ou a digitalização.
Diria que somos um exemplo claro da otimização das valências que caracterizam cada género, e nos nossos processos de recrutamento nunca temos qualquer critério de escolha associado ao género, mas sim às capacidades e experiência profissional apresentadas.
Não obstante podermos ambicionar ser capazes de desempenhar qualquer função, as nossas características fisiológicas e as nossas apostas no nosso desenvolvimento individual, vão potenciar a nossa adequação a funções diferentes.
Como mulher, como sentiste o teu caminho na Contisystems?
Como mulher sinto muito orgulho em dizer que nunca me senti diminuída ou desvalorizada por ser mulher. Sei que provavelmente o que senti desde a minha entrada na empresa teria sido muito diferente há cerca de 10 ou 15 anos atrás, não só porque a sociedade tem mudado bastante neste âmbito, mas porque não nos podemos esquecer que a Contisystems vem de uma génese gráfica, uma área onde as tarefas eram maioritariamente desempenhadas por homens, e mudar estes paradigmas demora sempre algum tempo.
Também não nos esqueçamos que até há alguns anos isso não acontecia, mas gradualmente as mulheres têm vindo a assumir, cada vez com maior facilidade, alguns cargos de direção, principalmente na área de Recursos Humanos, devido ao elevado número de mulheres formadas nesta área, comparativamente com uma direção de operações ou as áreas de tecnologias de informação. Contudo, diria que não podemos esperar uma realidade diferente se vemos poucas mulheres interessadas em investir e desenvolver competências nessas áreas. Seja por histórico cultural, ou por predisposição / adequação fisiológica, temos de aceitar que diferentes áreas têm diferentes distribuições de género, mas não vejo isso como discriminação, apenas como um facto que traduz as nossas características individuais.
Por fim, e ainda sobre este tema, não posso deixar de frisar que na Contisystems temos várias provas do respeito pelas pessoas, independentemente do seu género, e da abertura à integração ou promoção de mulheres para qualquer tipo de cargos. Diria que sou um exemplo disso mesmo, pois em momento algum senti que a análise e a tomada de decisão do Duarte de me convidar para pertencer à equipa de gestão foram influenciadas positiva o negativamente pelo meu género, mas sim pela minha competência, pelo meu alinhamento com a Contisystems e pelo meu potencial de crescimento, e acho que isso é símbolo de uma empresa muito saudável e com um enorme potencial.
Gostarias de deixar alguma palavra às mulheres da Contisystems, neste dia?
Gostaria apenas de dizer que vejo este dia, mais do que o Dia da Mulher, o dia da igualdade de género, o dia do respeito pelas nossas diferenças individuais, mais do que as nossas diferenças de género. Vejo neste dia o momento de recordar as várias mulheres que foram uma peça fundamental para a nossa emancipação, e de promover que o caminho que em algumas áreas ainda se encontra por construir, seja trilhado.